Espaço público
Escultura Velas ao Vento deve ser retirada para reforma ainda nesta semana
Com dez anos de existência, obra, que corre risco de tombar, deveria passar por manutenção a cada cinco anos; até hoje, entretanto, nunca foi executado
Carlos Queiroz -
O Monumento Velas ao Vento localizado na rótula Jornalista Álvaro Piegas, na orla da praia do Laranjal, poderá ser retirado para restauração ainda nesta semana. Com a estrutura comprometida devido aos desgastes do tempo e do clima, a obra de seis metros de altura corre o risco de queda pela falta de conservação.
Inaugurado em 2012, o monumento em ferro de autoria do arquiteto Fernando Sparenberg está enferrujada e apresenta pequenas crateras na base. Em razão da exposição às condições do tempo à beira da praia, a estrutura deve ser submetida a um serviço de manutenção no mínimo a cada cinco anos, para manter sua conservação, o que deveria ter sido efetuado pela primeira vez em 2017, mas nunca foi realizado, conforme explica Sparenberg.
Após duas reportagens do Diário Popular relatando risco de desabamento - a primeira ainda em 2021 e a segunda salientando que após vários meses a situação continuava a mesma -, uma empresa do ramo metalúrgico sinalizou estar interessada em realizar o restauro. De acordo com a prefeitura de Pelotas, assim que teve conhecimento da iniciativa, foi dado início aos procedimentos para viabilizar o projeto.
O proprietário da empresa, Benjamin Ramalho, explica que o atraso na reforma se deu em razão de ele ter se contaminado com a Covid-19 e da dificuldade de encontrar um estabelecimento para realizar o procedimento de jato de areia, necessário para iniciar a revitalização da obra. Após as duas questões terem sido solucionadas, Ramalho diz que se o tempo continuar firme e o motorista do caminhão munck, que realizará o transporte estiver disponível, até o final da semana, a estrutura será retirada e a reforma iniciará.
Ele dimensiona ainda que a restauração levará em torno de duas a três semanas para ser concluída. O aporte para realização do serviço será de contrapartida do empresário e de patrocínio de outras empresas com que ele conseguiu parcerias. "Vai ser um gasto bem grande porque ela está bastante deteriorada. Só para jatear a estrutura vai custar cerca de R$ 2,8 mil ", destaca.
Tratativas para fazer deslanchar
O município afirma também que a Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), que está intermediando o processo, fez contato com o empresário e também com o autor da estrutura da Velas ao Vento, e juntos, realizaram vistoria técnica no local para definir detalhes da recuperação e planejar o transporte.
Sparenberg chegou a repassar algumas plantas para colaborar na restauração. No acordo entre o empresário e a SQA, ficou acertado que a prefeitura faria o transporte das peças até a metalúrgica, que forneceria os materiais e executaria o serviço.
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